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Alguns Casos de Abuso Sexual Dentro da "Organização"


A decisão do júri levou em conta que os anciãos (pastores) da congregação, seguindo orientações da Sociedade Torre de Vigia foram corresponsáveis pelos abusos ao esconder o pedófilo Jonathan Kendrick, que já havia cometido outro crime de pedofilia, ou seja, fizeram a política de esconder o abuso para não "manchar" a imagem da igreja.

O processo alegou que a Torre de Vigia tem uma política que instrui os anciãos (pastores) nas congregações das Testemunhas de Jeová a manterem relatórios de abusadores sexuais de crianças em sigilo para evitar ações judiciais.

A vítima dos abusos Candace Conti, teve em mente dois objetivos com essa ação: "O principal objetivo era ter uma mudança na política de esconder pedófilos, pois protegeria outras crianças desses abusadores. Em segundo lugar, para estimular mais pessoas a saírem de seu silêncio e denunciarem mais casos".

O advogado das Testemunhas de Jeová se disse surpreso com o veredito, que obriga a denominação religiosa a pagar 28 milhões de dólares e disse que pretende recorrer.

Deve-se ter em mente que o que está sendo julgado é a política de encobrimento de pedófilos, que muitas igrejas usam para não sofrerem processos judiciais ou terem sua imagem "arranhada" perante a sociedade. As Testemunhas de Jeová ao serem omissas e preferirem não denunciar se tornam corresponsáveis nesses abusos em suas congregações.

A Organização das Testemunhas de Jeová foi considerada culpada de negligência, considerando-se sua a responsabilidade de supervisionar os possíveis abusadores sexuais dentro da congregação e restringindo o seu acesso a crianças. Ficou provado que Kendrick abusou da pequena Candace Conti durante várias saídas de campo promovidas pela congregação e o corpo de anciãos sabendo dos antecedentes de abuso deste homem, nada fizeram, antes e depois dos abusos.

Outro caso chocou, quando em 2013, no dia 07 de Julho, A Equipe 10 da rede norte-americana ABC News obteve um vídeo que ajuda a provar que as Testemunhas de Jeová encobriram o abuso de crianças por anos.

Em um depoimento-vídeo feito em 2011, durante uma ação civil, o pedófilo em série Gonzalo Campos admitiu ter abusado de várias crianças em sua congregação desde o início dos anos 1980 até meados dos anos 90. "Eu o abusei", disse Campos no vídeo. "Eu toquei suas partes íntimas." Suas admissões em câmera e um acordo confidencial avaliado em milhões de dólares terá que ser suficiente para suas vítimas.

As Testemunhas de Jeová nunca contaram à polícia sobre Campos, que era um ancião da igreja. Ele nunca foi acusado de um crime e nunca viu o interior de uma cela de prisão. Ele fugiu do país e agora está no México. E ele ainda é um membro das Testemunhas de Jeová.

Um advogado fez algumas perguntas a Campos no vídeo divulgado:

"Você estava autorizado a continuar o estudo da Bíblia com crianças depois que você tentou tocar (a vítima ) inapropriadamente? Sim", disse Campos.

Irwin Zalkin representa as sete vítimas que se apresentaram. "Ele é um pedófilo em série", disse Zalkin. "Trata-se de prestação de contas. Trata-se de assumir a responsabilidade. É sobre a proteção das crianças. Trata-se de mudar a forma como operam."

As alegações de Zalkin de abuso sexual infantil continuam no interior da comunidade das Testemunhas de Jeová. Ele afirma que os líderes da igreja, conhecidos como anciãos, e a sede Testemunha de Jeová, conhecida como Torre de Vigia, tratam o abuso de criança como um pecado em vez de um crime. "Os anciãos são instruídos a relatar os casos aos níveis hierárquicos mais altos da Sociedade Torre de Vigia, antes de informar às autoridades ou não", disse Zalkin. "É a Torre de Vigia quem vai decidir o que fazer."

A Equipe 10 descobriu que a Sociedade Torre de Vigia enviou a cada congregação e os seus anciãos vários memorandos confidenciais sobre como lidar com o abuso de crianças, a partir de 1989. Os memorandos originais advertem para "ter cuidado para não divulgar informações sobre assuntos pessoais", citando a Bíblia, que diz que há "tempo para ficar quieto".

Outro memorando de outubro 2012 delineia a política atual da igreja . Diz para os anciãos "chamarem o departamento jurídico" e "entrarem em contato com o Superintendente (Supervisor)...". Ela (Torre de Vigia) diz, "anciãos amorosos devem tomar medidas para proteger as crianças, especialmente quando aquele que abusou sexualmente de uma criança... será mantido como membro..."

É rara a semana ou mês que novos casos de abusadores e vítimas não vêm a público através da mídia, e isso revela que tais dezenas de casos são apenas a ponta do iceberg numa religião tão fechada e de alto controle, como são as Testemunhas de Jeová.

A maioria dos membros continua a confiar implicitamente nesta organização religiosa, negando que tais casos sejam verdadeiros ou minimizando a ocorrência e regularidade de tais caso de abuso e seu encobrimento.

Mas como se costuma dizer: "A verdade tarda, mas não falha" e muitas são as evidências de que a Organização das Testemunhas de Jeová (Watchtower / Torre de Vigia), é culpada do encobrimento dos abusadores sexuais dentro das suas fileiras.

Confira a matéria completa sobre o abuso de Candace Conti divulgada pela ABC NEWS.

Na sombra do Pecado - Documentário português de 10/2015 sobre as Testemunhas de Jeová

Ex-Pioneira Regular das Testemunha de Jeová, rasga o verbo sobre todos estes abusos!!!

Fontes:

http://www.nytimes.com/2012/06/18/us/28-million-awarded-in-jehovahs-witnesses-abuse-case.html?_r=0​

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